segunda-feira, 28 de março de 2011

Na Natureza Selvagem

Quero deixar aqui um fragmento de um livro do escritor, jornalista e alpinista Jon Krakauer, publicado em 1996, baseado em fatos reais, que retrata a história verídica de Christopher McCandless. Trata-se da carta que ele escreve para um amigo. Bom para refletir e repensar alguns de nossos valores.


"Gostaria de repetir o conselho que lhe dei antes: acho que você deveria promover uma mudança radical em seu estilo de vida e começar a fazer corajosamente coisas em que talvez nunca tenha pensado, ou que fosse hesitante demais para tentar.

Tanta gente vive em circunstâncias infelizes e, contudo, não toma a iniciativa de mudar sua situação porque está condicionada a uma vida de segurança, conformismo e conservadorismo, tudo isso parece dar paz de espírito, mas na realidade nada é mais maléfico para o espírito do homem que um futuro seguro.

A coisa mais essencial do espírito vivo de um homem é sua paixão pela aventura. A alegria da vida vem de nossos encontros com novas experiências [..]


Você está errado se acha que a alegria emana somente ou principalmente das relações humanas. Deus a distribuiu em toda a nossa volta. Está em tudo ou em qualquer coisa que possamos experimentar. Só temos de ter a coragem de dar as costas para nosso estilo de vida habitual e nos comprometer com um modo de vida não-convencional.

O que quero dizer é que você não precisa de mim ou de qualquer outra pessoa para pôr esse novo tipo de luz em sua vida. Ele está simplesmente esperando que você o pegue e tudo que tem a fazer é estender os braços. A única pessoa com quem você está lutando é com você mesmo [..]

Espero que na próxima vez que eu o encontrar você seja um homem novo, com uma grande quantidade de novas experiências na bagagem. Não hesite nem se permita dar desculpas. Simplesmente saia e faça. Simplesmente saia e faça. Você ficará muito, muito contente por ter feito." (Into the Wild)

E 2007, o livro foi adaptado para o cinema com o mesmo nome do livro,

terça-feira, 8 de março de 2011

Bom Bril - 1.001 utilidades de verdade.


Não é que o garoto da BomBril, tem razão quando diz que ele possui 1.001 utilidades. Até mesmo para a sobrevivência  esta palha de aço usada para a limpeza domestica, nos tem grande utilidade. Com ela você poderá ascender uma fogueira rapidinho, para isto basta ter à mão um pedaço de palha de aço, uma pilha ou até mesmo a bateria do seu celular.

Com esse material providenciado, você deverá ter um chumaço, que poderá ser de folhas e galhos secos, casca de coco ou até mesmo um pedaço de algodão, para produzir a chama.

Com tudo em mãos, pegue a palha de aço ponha no meio do chumaço, depois faça um curto na pilha encostando os dois pólos na palha de aço, imediatamente produzira uma faisca que irá queimar a palha de aço, assopre com cuidado para que a faisca atinja o chumaço e produza a chama.

fiz 01 vídeo utilizando baterias diferentes, a melhor opção é a bateria de 9 volts.

Portanto adicione no seu kit de sobrevivência uma palha de aço e uma bateria.

Assistam o vídeo.




terça-feira, 1 de março de 2011

Bainha de Madeira



Bem pessoal, depois de fazer minha pederneira, ficou faltando a lamina para friccioná-la, então aproveitei a faca de abrir ostra que tem uma lamina pequena e pontiaguda, só que elas não possuem fio de corte, então com uma lima preparei um fio em um dos gumes, para gerar mais atrito e assim produzir mais faíscas.
Ocorre que essas faquinhas de ostras  vêem sem bainha. Surgiu então meu segundo desafio, confeccionar a bainha de proteção da minha lâmina. 

Os materiais podes ser vários, desde fibras naturais, couro, cascas de árvores, lonas, madeira, etc. Optei pela madeira, achei mas desafiador.
Usei para tanto o restante do cabo de vassoura. Tentei fotografar as etapas da confecção o melhor possível, para deixar mais ilustrado. Primeiro vai as ferramentas que utilizei:



- faca - serra de galhos - serra em arco – cinzel - grafite de marceneiro – pincel - cola branca - abraçadeiras de plástico - sargento fixo.
O primeiro passo é medir com a lamina para qual vai ser feita a bainha o seu comprimento no cabo de vassoura, depois marcar com o grafite. Lembre de deixar uma sobra de mais ou menos 02 cm. Depois serre com a serra de cortar galhos, no local marcado.
       




Com o pedaço já serrado, risque um linha paralela no comprimento com o grafite bem no meio da madeira cortada, depois, fixe a mesma no sargento e com a serra em arco, divida a madeira em duas bandas de igual espessura.
 






Concluída esta fase, pegue um dos pedaços serrado, coloque a lamina da faca de ostra em cima e trace com um lápis o formato da lâmina.  Depois com o cinzel vá escavando a lâmina desenhada até que a faca se encaixe perfeitamente, permitindo também que o outro pedaço de madeira se encaixe no outro, como eram antes de serem repartidos.
  








    

Depois disso, feito os ajustes necessários, passe, com ajuda do pincel, a cola branca em todo o outro pedaço que não foi esculpido, e depois una os dois pedaços, com ajuda das abraçadeiras, fixe o mais firme possível, faça um teste com a lâmina para ver se a mesma entra com facilidade e sem folgas, e deixe em repouso por cerca de uma hora.
     

Depois da secagem vem o acabamento. Com a faca e o cinzel, vá esculpindo o pedaço de madeira na forma que desejar, utilize a imaginação, quando chegar a forma desejada, com uma lixa fina ou pedaço de esponja de aço, lixe para retirar as pontas e dar um acabamento mais detalhado. 

Se quiser deixar na cor natural da madeira, basta depois passar uma demão de verniz incolor ou cola branca diluída em água.

Na que eu fiz, usei um maçarico para escurecer mais a madeira e depois passei a mistura de cola e água. 

Para finalizar, recomendo fazer uma ou duas linhas esculpidas rodeando toda a bainha, para fixar um arame para garantir que a mesma não se abra com o tempo. Depois é só cobrir o arame com linha ou fita. Optei em colocar dois arames.
      








E aqui esta o resultado final da minha pederneira e bainha. Até a próxima, espero ter contribuído com algo.